A expectativa é grande por ser a primeira ópera da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e do Coro da Orquestra desde o início da pandemia. Em 2020, coro e orquestra montaram Orfeu e Eurídice para abertura da temporada daquele ano e só agora foi possível voltar às grandes produções. A produção conta, também, com a participação da Cia Ópera de São Paulo. As equipes já estão na cidade para uma semana intensa de ensaios. Orquestra se apresentará no fosso do teatro enquanto coro e solistas seguem no palco para atuarem no cenário que remete a uma pequena vila da Calábria italiana, na segunda metade dos anos 1800. “A obra de Leoncavallo é uma ópera emocionante, tem amor, tem traição, tem musicalidade envolvente, tem alegria e tem a vida humana numa trama ao redor do amor de um pagliaccio”, adianta o titular da Sinfônica, maestro Reginaldo Nascimento. O presidente da Associação Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da Sinfônica, arquiteto Silvio Contart lembra que a organização está em festa pelo primeiro centenário. “A responsabilidade e a expectativa são grandes por este grande momento. Em outubro, nossa orquestra chega aos seus 100 anos, mas estamos em festa desde já. O centenário é simbólico de uma história especial. Ribeirão mantem esta orquestra com grandes eventos, mas também com incursões em projetos educacionais e de transformação de vida. A orquestra faz muito mais nos bairros, nas escolas e nas aulas gratuitas e muitas vezes aquele menino ou menina que nunca entraram num teatro de ópera estão lá tocando ou cantando com os profissionais. É essa a nossa comemoração”, comenta. O coro está ensaiando desde o início do ano com a maestrina Snizhana Drahan. “Desta vez, o coro também encena, o que é uma atividade extra, que exige muita sintonia com a obra, com a intenção do compositor, familiaridade com o idioma italiano e com a ate da encenação, mas nós já estamos emocionados e temos a certeza de que o grupo transmitirá nossa alegria ao público”, adianta a responsável pela preparação do coro. Pagliacci estará na pele do tenor Allan Faria, conhecido nas montagens com a Sinfônica. A ópera A produção tem direção artística de Paulo Esper. E no elenco artístico estarão a soprano Thayana Roverso (como Nedda/Colombina - atriz e mulher de Canio), o tenor Alan Faria (Canio/Pagliaccio - chefe da cia de teatro), o barítono Willian Donizetti (como Tonio/Taddeo - comediante) , o tenor Anibal Mancini (Peppe/Arlecchino - comediante) e o barítono Vinícius Atique (Silvio - um camponês). A ópera Pagliacci é oferecida por Ministério do Turismo, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Associação Musical de Ribeirão Preto, Theatro Pedro II, Consulado Geral da Itália em São Paulo e Instituto Italiano di Cultura San Paolo. Pagliacci Ópera com apenas dois atos foi pela primeira vez em Milão (Itália), em 1892. A história acontece na praça de uma vila da Calábria, província no extremo sul da Itália. A ação ocorre entre 3h da tarde e meia-noite do dia da Festa da Assunção da Virgem, celebrada todos os anos na Itália em 15 de agosto, quase uma coincidência com as datas das apresentações em Ribeirão Preto. Uma trupe de atores ambulantes já conhecida na vila chega para se apresentar e é recepcionada com festa, principalmente Canio, o palhaço. Ele é casado com Nedda, que se apaixona por Silvio e rejeita Tonio, quando este se declara. Despeitado, Tonio conta a Canio que é traído um pouco antes do espetáculo na vila começar. Canio então mistura ficção e realidade ao encenar uma história de amor, traição, delação e vingança. Aos poucos, o que era comédia vai se transformando em tragédia. AGENDA ÓPERA PAGLIACCI Quando: 13/8 – 19h e 14/8 – 17h Local: Theatro Pedro II Ingressos: bilheteria do teatro ou no link https://linktr.ee/orquestrasinfonicarp