Sinfônica de Ribeirão traz o violinista Paulo Paschoal como spalla

O maestro Reginaldo Nascimento anunciou o novo spalla da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. A convite do maestro titular da orquestra ribeirão-pretana, o violinista Paulo Paschoal já vem atuando em concertos e óperas em Ribeirão Preto e estreou no posto no primeiro concerto da temporada 2023, no Theatro Pedro II, dia 11 de março.

Violinista da OSESP-Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo há 28 anos, Paschoal já fez várias turnês internacionais. Foi professor no Instituto Baccarelli, spalla da Sinfônica de Sorocaba e de Santo André. Já se apresentou como solista com as orquestras Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, Sorocaba, Santo André, OSESP e outras. Tem CDs gravados com a OSESP, Orquestra de Câmara Banespa, Villa-Lobos, Santo André, gravações com Roberto Carlos, Chico César, Leonardo, Sandy e Junior, Zizi Possi e outros. Dividiu o palco com nomes como Ney Mato Grosso, Milton Nascimento, Paula Lima, Zezé de Camargo e Luciano. Tem CDs solo, com destaque para o CD Violino e Violão, com obras de Niccoló Paganini, tributo a Zequinha de Abreu, Abel Ferreira, Beatles e outros.

Spalla é o primeiro violino de uma orquestra e atua como apoio do maestro. Ele tem várias funções a começar pelos bastidores. É o spalla que faz o desenho das arcadas – num concerto é possível observar a mesma posição dos arcos dos instrumentos de cordas, o que garante uma estética peculiar ao naipe dos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. Ainda nos bastidores, é a figura do primeiro violino que transmite orientações do maestro à orquestra. Todos os naipes têm seus chefes, mas apenas o primeiro violino tem a cadeira de spalla porque é considerado a ponte entre o maestro e todos os músicos da orquestra.

Dentre todos os instrumentos, o naipe de violinos é o que reúne a maior quantidade de músicos. Há ainda uma divisão no grupo entre os primeiros violinos, que executam a principal melodia da obra, e os segundos violinos, que também fazem a melodia, mas, principalmente, dobram os primeiros violinos numa tessitura mais grave e, muitas vezes, fazem o acompanhamento.

Nos concertos, é o spalla que senta na primeira fila dos violinos, do lado esquerdo do maestro, e é o músico que sobe ao palco depois que toda a orquestra está posicionada e inicia a afinação dos instrumentos. Só então o maestro entra e, em todos os palcos do mundo, cumprimenta o spalla para iniciar o concerto.

“Os concertos da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto são tradicionais na agenda cultural cidade. O público conhece as obras e sabe avaliar as execuções, há uma plateia formada. Por isso, para este público e para as novas plateias que queremos conquistar, a Sinfônica preza por músicos de excelência desde que iniciou sua história há um século”, comenta o maestro Reginaldo Nascimento.

“Conheci mais a cidade com o amigo e maestro Reginaldo Nascimento, conheci essa orquestra e a história dela. É um grupo importante no cenário cultural, tem ainda um papel sério na área de responsabilidade social, com projetos nos bairros de Ribeirão Preto, e tem excelentes músicos. Tudo isso torna a Sinfônica de Ribeirão única e fico feliz em estar no grupo a partir de agora”, diz o violinista Paulo Paschoal.



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